O campo de concentração Sachsenhausen localizado a 35 Km de Berlim, foi construído pelos prisioneiros políticos em 1936 permanecendo ativo até abril de 1945, quando os soviéticos invadiram a Alemanha e a derrota dos nazistas tornou-se algo eminente. Recebeu este nome devido à região onde se localizava, fazia parte da cidade de Oranienburg em Brandemburgo.
Neste período, a política de violência e agressão de Hitler não estava totalmente em vigor, havia a propaganda para convencer o povo alemão que seria um lugar onde através do trabalho os prisioneiros seriam reabilitados para viver novamente em sociedade.
Os dizeres no portão de ingresso ao campo de concentração indicavam essa ideologia “Arbeit Macht Frei” – O trabalho te fará livre, o que na verdade era uma grande mentira.
Sachsenhausen foi considerado um dos três maiores campos de concentração do regime nazista na Alemanha, construído estrategicamente em Oranienburg, foco de atividades comunistas e social democratas.
Os prisioneiros eram judeus, estudiosos, professores universitários, homossexuais e aqueles que eram contra o regime nazista. Em torno de 200 mil pessoas passaram pelo campo de concentração, mais de 30.000 morreram de fome, doenças, trabalho forçado, resultados de experiências médicas ou executados a tiros ou nas câmeras de gás.
No final da guerra os nazistas ordenaram a evacuação dos prisioneiros na marcha da morte, onde os incapacitados de caminhar foram mortos a tiros. Outros prisioneiros foram liberados pelos soviéticos e o campo de concentração tornou-se prisão para os nazistas.
Em visita ao campo de concentração no dia 05 de junho de 2018, ao atravessar o portão principal de Sachsenhausen, pode-se sentir o campo energético das atrocidades, o sofrimento dos prisioneiros ao caminhar sobre as pedras com botas apertadas, ver a forca, câmera de gás, alojamento repleto de tensão e dor. Neste momento emergi uma grande emoção e tristeza ao ver e sentir o que o ser humano é capaz de fazer com seu semelhante.
A integração da Espiritualidade com a Constelação Familiar promove um olhar reparador, de alívio, amparo espiritual e proporciona movimentos de cura na alma de todos os seres vivos descendentes dos participantes nas guerras. Evoca a paz para uma vida mais plena alicerçada no respeito, aceitação, inclusão e misericórdia.
Bert Hellinger, revela que todos pertencem e tem um lugar certo no sistema familiar, na comunidade, na sociedade, da mesma forma que estamos muitas vezes a serviço do nosso sistema, outros também estão a serviço do país, da nação.
Todos os integrantes de diferentes sistemas estão integrados em rede e todos são regidos por uma força maior. Esta mesma força, que podemos chamar de Divina leva a novos movimentos pela vida.
Para que se ocorra algo novo é necessária à ruptura daquilo que precisa mudar, os desastres naturais, guerras, estão a serviço de um grande movimento.
As consequências das atrocidades, da violência humana, determinam por muitas gerações doenças físicas, psíquicas, espirituais em todos os indivíduos envolvidos nesta grande rede.
Não importa se são descendentes de vítimas ou perpetuadores, a junção de ambos se fez e se faz por atração mútua, desta forma a cura, a paz só pode ocorrer se ambos permanecerem juntos.
Nos trabalhos de constelação familiar em questões interligadas a guerra é possível sentir o alívio, o surgimento da paz nos integrantes do sistema quando vítima e perpetuador ficam juntos, através do movimento desencadeado por um descendente com atitudes de respeito, aceitação e reverência ao passado.
Para se promover a paz, é preciso que cada indivíduo através da alma integre profundamente, para dentro de si os opostos, os diferentes, a vítima e o perpetuador e comece a atuar em pensamento e ações de aceitação, inclusão.
A espiritualidade se manifesta por mensagem mediúnica:
“A vida deve continuar de forma harmoniosa, para que isto ocorra, todos os seres humanos precisam plantar o bem, misericórdia e o perdão. Somos todos interligados como uma grande rede e é preciso que cada um faça a sua parte.”
“É importante que o ser humano não tenha em mãos o poder, é preciso que ele conquiste ações calcadas no amor, respeito e aceitação”.
“Queremos sim que todos os seres fiquem convencidos que a vida pode ser mais livre, mas para isto, cada um precisa cuidar do que pensa, fala e faz.
